sábado, janeiro 08, 2005

Egestão: Porque o bode caga em bolinhas?

Certa vez caminhava com um velho amigo discutindo acerca de proposições matemáticas e filosóficas quando ele me interrompeu e perguntou: "sabe por que o bode caga em bolinha?" respondi que não, um pouco admirado com a relevância dessa questão para nossa discussão, ao que ele respondeu: "Se tu não entende nem de merda, como tu quer entender de matemática?".

Fiquei surpreso pela facilidade com que ele destruiu todo o conteúdo do meu discurso, e mantive-me em silêncio, tentando obter uma resposta plausível para a questão inicial que ele me fez. Claro, nem todos que entendem parcamente de matemática necessitam de elucidação sobre a digestão e egestão ruminante, mas propus-me a aceitar o desafio.

Lembremos que o infame animal come folhas duras, papel, roupas, pedaços de couro, gravetos, e uma infinidade de porcarias duras e inimastigáveis para os sensíveis dentes humanos. Esse é o motivo da consistência do produto final do processo digestivo caprino.

Usarei termos não-técnicos para facilitar o entendimento leigo: o bode mastiga seu alimento com destreza e paciência; depois de misturar tudo com o cuspe, usa a língua para encaminhar a gororoba pela goela. O alimento vai sendo digerido lentamente e passa para a tripa fina em diversas golfadas pelas aberturas e fechamentos da boca do estômago. Formam-se bolinhos fedorentos de grudes moles semi-digeridos, sendo acrescidos de fel e peristalticamente conduzidos à tripa grossa, onde a maior parte da água é retirada, formando-se as massinhas já em processo de acabamento. O toque final da escultura é dado quando a bosta passa pelo corta-merda, caindo em formas vagamente esféricas no chão das ruas por onde passam crianças jogando peteca.

Se alguém lhe perguntar, lembre-se dessa lição. Não sejamos mais humilhados pelo desconhecimento a respeito do cocô caprino. Se alguém souber a ligação disso com o aprendizado de matemática, escreva-me ou comente, essa dúvida ainda não consigo responder.
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Charlie_Ramone.
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Qualquer dúvida biológica, complemento ou sugestão, escreva-me, e tentarei atendê-lo:

terça-feira, outubro 12, 2004

O Sentido da Vida Biológica

O sentido da vida tem sido uma das grandes questões filosófico-sócio-religio-biológicas que fritam neurônios de pessoas em todos que não se contentam só em viver, mas ficam se perguntando o tempo todo o que estão fazendo no mundo, qual sua missão. Felizmente, você acessou minha página e não precisará se torturar mais com essa indagação. Eis aqui o sentido que sua vida deve tomar do ponto de vista biológico, o que todo mundo é invarialvelmente obrigado a seguir pelo menos em parte. Isso explicará também a capciosidade latente dos biólogos, que é intrínseca a todos os seres viventes.

A vida é demonstrada em um ciclo, que se inicia com o nascimento, segue para o crescimento, a reprodução e a morte. Isso vale para todos os seres vivos, até mesmo vírus. Eis a demonstração: o nascimento é fruto de uma relação sexual, ou seja, nascemos apenas porque nossos pais foderam. Sei que é difícil imaginar seus pais nessa situação, mas a sacanagem é a verdadeira mãe da humanidade.

O crescimento é apenas uma preparação para que atinjamos a maturidade sexual. Com o tempo as gônadas mandam litros e litros de hormônios para nosso corpo, tornando-o uma pulsante máquina desenvolvida para repassar seus genes através do libdinoso ato da cópula. Resumindo, você é preparado durante toda a sua vida apenas para foder.

Então finalmente chega (ou deveria chegar) o sexo! Esse é o grande momento que todos esperam durante toda a sua vida; todo o tempo de preparação e, às vezes, ensaio, finalmente será posto em prática! Daí a decepção quando você não consegue nada, e a insistência nas práticas onanistas. Enfim, quando terminamos o perído reprodutivo, podemos descansar eternamente, com a certeza do dever cumprido. Sem sexo você se torna um inútil do ponto de vista biológico.

Resumindo, fomos feitos apenas para fazer sexo! Esse é o sentido da vida. Portanto, não há motivo para se envergonhar de só pensar em sexo. É para isso que existimos. Então, se você já está completamente desenvolvido/a nesse sentido, não fique amarrando. Ponha em ação seus instintos básicos. É isso que a Biologia estuda em sua essência: como todos os seres vivos procuram efetuar uma boa foda.

Charlie_Ramone.


Caso você tenha alguma dúvida biológica, complemento ou sugestão, escreva-me, e tentarei atendê-lo: charlie_ramone_pobres@yahoo.com.br

sábado, agosto 21, 2004

Prurido: Por que coçamos o saco?

Algumas pessoas se utilizaram da profunda falta do que fazer como fonte de inspiração para teorias mirabolantes. Além de servir de Oficina do Diabo, essas mentes de gênios desocupados criaram a Teoria da Gravidade, A Lei de Lavoisier, o Teorema da Pitágoras e as mais recentes e geniais idéias dos últimos tempos, que são essa coluna e o maravilhoso texto que se segue, baseado justamente no que os homens fazem quando não estão fazendo nada: o prosaico ato de coçar o saco.

Mas, afinal, qual a finalidade desta ação? Isso é lógico: acabar com a coceira. A verdadeira questão reside nas causas dessa comichão escrotal. Dentre estas, veremos as mais evidentes:

Comprimento dos pêlos: não é recomendável deixar crescer o matagal pubiano, pois torna-se volumoso, deixa de funcionar como regulador de temperatura e dificulta a lavagem. Os grossos pêlos mais compridos acabam se enrolando e suas pontas espetam a delicada pele sobre o púbis, o escroto e a virilha; é o que algumas pessoas chamam de "pinicar". Outra péssima idéia é raspar essa cobertura de fios capciosos, pois então as extremidades ficarão mais curtas, pontiagudas e perto da fina cútis, causando coceiras memoráveis e de longa duração, daquelas em que temos que usar as duas mãos e esquecemos completamente as convenções sociais em nome do rápido alívio. Uma modesta aparada, não muito rente, é o suficiente para diminuir a comichão, sobrando só uma coçadinha.

Regulação de temperatura: os testículos não podem ficar dentro do abdômen, como acontece com os ovários femininos, pois a temperatura interna humana é insalubre para os frágeis espermatozóides a longo tempo. Portanto necessitamos do complexo trambolho dependurado, receptor da maior dor que um homem pode sofrer: a bolsa escrotal, conhecida popularmente como saco. Acontece que devido às variações da temperatura externa, a pele desses colhões se estica com o calor típico de meio-dia ao lado do motor do ônibus, ou se contrai ao pularmos em um igarapé gelado na chuva. Esse movimento causa uma esfregação dos famigerados pêlos pubianos; forçando o infeliz indivíduo a dar aquela beliscada, despreocupada mas certeira, com a ponta dos dedos indicador e médio na pele do saco, causando uma agradável sensação de alívio.

Piolhos pubianos: o caso mais "chato", apesar da coceirinha gostosa. É grave, ocorre principalmente pelos seguintes quadros: extrema imundície do cidadão em usar a mesma roupa íntima por semanas sem uma lavagem; contato com putas vagabundas cheias de parasitas sangüíneos vaginais; e a falta de corte, lavagem, ou uma paciente catagem dos pêlos da problemática região pubiana. O Phithirus pubis é específico da área, portanto não se assuste se você tem piolhos na cabeça (de cima), pois eles não representam perigo para sua rôla. Mesmo assim, isso demonstra que você realmente não é adepto do hábito de se esfregar com sabão e água. Alguns cuidados, como uma boa lavagem com sabão grosso, reduzirão bastante seus problemas. Não rôa as unhas, para não levar agentes como chatos e pentelhos à boca.

Previna-se. Assim você poderá fazer com orgulho uma das coisas que nos diferencia das mulheres, a qual elas não conseguirão nem com a maior das revoluções feministas; elas são capazes de fazer de tudo, enquanto isso nós apenas coçamos o saco.

Charlie_Ramone.

Caso você tenha alguma dúvida biológica, complemento ou sugestão, escreva-me, e tentarei atendê-lo: